As Crônicas de Seyipha: Nirkishearo
As Crônicas de Seyipha: Nirkishearo
Autor: P.A.K.G ou Nihon.
Copyright © 2021 by Pedro Augusto
As Crônicas de Seyipha Nirkishearo
1° Edição
Revisão:
Capa:
Diagramação:
Arte:
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Esta obra foi escrita e revisada de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Todos os direitos desta obra estão reservados.
É proibido o armazenamento ou reprodução de qualquer parte desta obra através de quaisquer meios sem o consentimento do autor.
Criado no Brasil.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n° 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
"Para todos aqueles que sempre amaram e continuarão amando a infindável imaginação humana" - P.A.K.G
Glória a Deus.
_________________________________
Capítulo 1: A Queda do Império Youtenir.
_________________________________
"Você não deve esperar minha sobrevivência" - Tadamichi Kuribayashi.
_________________________________
Dia Fatídico:
05/17/2998
Com o raiar do Sol entrando pela janela do quarto, Shunir começa a acordar aos poucos, mesmo ainda cansado, se esforça para sentar-se na cama enquanto esfrega seus olhos em uma tentativa frustrante de espantar o sono que persistia. Antes mesmo de se levantar, sua mãe, uma mulher particularmente alta em comparação com as demais, com seus 1,70 de altura, longos e enrolados cabelos ruivos, olhos azuis tão claros quanto o azul do céu, uma pele branca e suave, com seu corpo curvilíneo que chamava a atenção por onde passava, mesmo já tendo 35 anos. Entra no quarto com um olhar bravo enquanto anda em sua direção.
- Por Tekiroyepi! Shunir! Você já deveria ter levantado a 20 minutos. Seu pai o está esperando para treinar no saguão de treino – disse Yeinar, ao mesmo tempo que se dirige ao guarda-roupa e pega o uniforme Xintori de nível Comum do seu filho, o limpando cuidadosamente e colocando ao lado de Shunir na cama.
- Já estou levantando mãe. O meu despertador não tocou – fala enquanto levanta pegando o uniforme e o vestindo lentamente. Shunir amava o uniforme Xintori de seu país, uma camisa social preta com detalhes roxos na manga e entre a patente nos ombros, detalhes que indicavam a sua classe Xintori, ainda contando com o desenho do vazio, símbolo da sua classe no braço esquerdo e a bandeira de Youtenir no direito, deixava a camisa com um ar sério, algo que se complementava com o sobretudo de couro preto que ia até os joelhos e possuía detalhes lindos, com a parte central, onde se abotoava, em tom dourado com botões brancos, também possuindo detalhes em roxo na manga e dois largos bolsos na altura do abdômen.
- Sei – disse Yeinar cruzando os braços e olhando com um rosto de descrença para seu filho.
- Ok... talvez eu tenha colocado mais 10 minutos, só... talvez – Foi a resposta de Shunir enquanto pega o pente em sua escrivaninha e olha em direção ao espelho na parede para tentar disfarçar sua culpa de alguma forma.
Yeinar ao ouvir a resposta de seu filho, solta um leve suspiro ao mesmo que seu rosto toma um ar levemente sério. – Você já tem 10 anos meu filho, tem que ficar mais adulto. Sei que você gostaria de brincar mais, mas você é um Xintori assim como eu, seu pai, nossa família e nosso clã, nós... não somos como as pessoas comuns Shunir, somos especiais.
Após Shunir acabar de pentear seu cabelo, recoloca o pente na escrivaninha e pega um de seus perfumes para começar a dar algumas borrifadas em seu corpo. – Eu sei mãe... somos o erro, é o que as pessoas dizem...
Yeinar da um leve sorriso enquanto caminha em direção de seu filho colocando uma de suas mãos em seu ombro direito e levando sua outra mão a gola do uniforme para o arrumar. – Não diga isso filho, nós que protegemos estas pessoas e o Império Youtenir. Nós não precisamos que todas elas gostem da gente, só precisamos que o Imperador e sua família se agradem de nossos serviços, o resto se ajeitara com o tempo – Diz dando um beijo no cabelo de Shunir logo antes de ir em direção da porta do quarto.
Após descer as escadas da ala de dormitórios de sua família, Shunir vai em direção a cozinha da fortaleza. De vez em quando esbarando nos outros Xintori que iam em direção oposta pelo corredor principal. Chegando na cozinha, pega rapidamente um pedaço de pão e em seguida uma faca, passando geleia de uva que estava em cima da mesa na fatia, a levando a boca para segurar e saindo em disparada novamente ao corredor. O fez tão rapidamente que o cozinheiro não teve nem tempo de o cumprimentar, somente vendo um movimento de tchau da pequena mão de Shunir antes de virar no corredor.
A Fortaleza Otunur era a segunda mais importante e imponente construção de Yenar, a capital do Império Youtenir. Somente perdendo para o Palácio Imperial, que ficava ao lado oposto da montanha. A fortaleza servia como moradia, quartel e escola para a família de Shunir e para outros Xintoris sem família ou clã do império.
Após correr por mais alguns bons minutos e passar pelas salas de aula, pelo salão principal e pelo grande e enfeitado pátio da fortaleza. Shunir entra no corredor leste do pátio, chegando finalmente no saguão de treino. Seu pai, sentado em uma das poucas cadeiras do local, olha para Shunir com um leve sorriso. – Finalmente chegou – disse Ronur enquanto solta uma leve gargalhada ao ver seu filho tentando recuperar o folego da corrida ao mesmo tempo que tenta engolir o último pedaço do pão que vinha comendo.
- De...desculpa... o atraso... dormi demais – Tenta falar ainda recuperando o folego e engolindo o pedaço de pão.
- Sem problemas meu filho, mas bem, pronto pro treinamento de hoje? – Diz Ronur enquanto se levanta e vai em direção ao centro do saguão, se posicionando ao lado de um alvo do seu mesmo tamanho. Ronur era um homem mediano, com 1,68 de altura, 33 anos, olhos e cabelos marrons e pele levemente morena, um físico normal, sem muitos músculos, algo que para Xintoris era comum, já que não dependiam de força física, e sim de sua Energia Interna.
- Com toda certeza pai! O que vamos praticar hoje? – Pergunta com certo ânimo Shunir, enquanto caminha para perto de Ronur.
- Calma lá, fique onde você está – diz Ronur, levantando sua mão direita como sinal para Shunir ficar no lugar. – Hoje vou te ensinar uma habilidade – Disse seu pai enquanto olha para o filho com um rosto alegre, já imaginando sua reação.
Por um segundo Shunir não responde, não crendo no que ouviu. – Sério?! Finalmente pai! – Disse Shunir dando um leve pulo no ar e um sorriso que ia de um lado ao outro de sua boca. – Qual o senhor vai me ensinar? O seu especial? Ou... ou aquele que a mamãe usou no senhor quando estava brava semana passada? – Continua Shunir, chegando mais perto de Ronur enquanto tenta lembrar as habilidades que já tinha visto seus pais usarem.
Ao chegar perto de seu pai, Shunir recebe um leve cascudo em sua cabeça – Em primeiro, sua mãe não estava brava naquele dia... foi só... um pequeno problema entre adultos. Segundo, não, vou te ensinar uma habilidade nível comum, que você consiga usar – Responde seu pai trazendo sua mão novamente para perto, após o cascudo em seu filho.
Coçando a cabeça, Shunir olha para seu pai. – Sei... – Disse com descrença, ao lembrar de sua mãe quase destruindo uma coluna do grande pátio da fortaleza semana passada após seu pai desviar de uma habilidade dela. Sua mãe as vezes era, meio explosiva.
Dando um leve suspiro, Ronur olha para seu filho – Vamos lá então, você sabe o que precisa para ativar uma habilidade, correto? – pergunta para Shunir com um tom de indagação.
- Sim, precisamos falar a palavra de ativação da nossa classe.
- Excelente, mas pode chamar de Kae, mais fácil – disse Ronur de forma explicativa. – Então vamos ver se consegue, tente recitar o seguinte Kae e o atirar em direção ao alvo – Fala Ronur apontando para o alvo. – Ryu, Névoa Assimétrica – Disse com um tom neutro enquanto olha para Shunir com atenção.
Shunir, após prestar atenção na fala de seu pai então se concentra. – Ryu, Névoa Assimétrica – Poucos milissegundos após pronunciar, aparece em sua frente uma matéria semelhante a um gás sem forma e escuro, do tamanho de uma bola de basquete, que vai em direção ao alvo o acertando e o jogando pouco mais de meio metro para trás.
Alguns segundos após o ocorrido, Shunir aos poucos tira o sorriso de alegria que estava em seu rosto, o transformando em uma expressão neutra de desanimo. – Só isso... – Disse ele olhando em direção a seu pai, que estava com um pequeno sorriso no rosto após ver seu filho invocando a sua primeira habilidade.
Tirando sua atenção do alvo e voltando seu olhar para Shunir, Ronur percebe o desanimo no rosto de seu filho. – Esperava uma explosão ou algo do tipo? – responde Ronur após dar uma pequena risada.
- Sim... esperava que você me ensinasse algo mais...
Antes de terminar a sua frase, seu pai o interrompe completando. – Forte? Não se preocupe filho, você ainda mal se tornou um Xintori nível Comum. Nesse nível, não há muitas habilidades de ataque, a maioria é mais para defesa ou, digamos truques, por assim dizer – Responde Ronur, dando uma pausa e tentando deixar a palavra truque o mais suave possível, para não desmerecer o filho. Ainda olhando para Shunir, percebe sua feição ainda neutra, então, se posiciona o mais apresentável possível, erguendo sua mão direita em direção ao alvo e dando uma leve inspiração.
- Ryu, Esmagamento Molécular – Disse calmamente Ronur, fazendo sair de sua mão erguida uma sombra negra sem forma, que ao entrar em contato com o alvo, o envolve completamente, fazendo logo em seguida ele ser lentamente esmagado e quebrado, até restar no chão somente poeira e pequenos pedaços do antigo alvo.
Por alguns instantes, Shunir ficou parado, olhando em direção do local onde estava o antigo alvo, boquiaberto e maravilhado, olhando logo em seguida para seu pai com um olhar de admiração. – Pai... isso... isso foi simplesmente incrível! Me ensina por favor a usar isso! Por favor, por favor – Fica repetindo Shunir para seu pai com um olhar de cachorrinho “pidão”.
- Não meu filho, mesmo que eu quisesse não conseguiria lhe ensinar, pois para isso você deve chegar no nível Raro igual eu. – Disse Ronur com um leve tom de grandiosidade por si mesmo ter deixado seu filho tão alegre com aquilo.
- Ahhh pai, isso não tem graça... – Retruca Shunir dando um leve suspiro e logo em seguida o perguntando com tom animado. – Como faço para chegar nesse nível então pai?
- Você meu garoto, ainda está um pouco longe, precisa conseguir transpassar seu Essok do nível Anormal, para então chegar no nível Raro – responde seu pai lhe apontando o dedo indicador da mão direita e logo em seguida massageando sua cabeça com a mesma mão de forma carinhosa. – Mas não desista, tenho certeza que um dia você chega no nível do papai e ainda me passa se eu não ficar esperto – Continua dizendo, dando um sorriso logo em seguida.
Shunir então abre um grande sorriso, após ouvir o incentivo do pai. – Eu vou sim pai! Um dia vou me tornar tão forte quanto o senhor e a mamãe – disse Shunir enquanto cruza seus pequenos braços tentando parecer forte.
Ronur então continua treinando Shunir durante a manhã, fazendo paradas de vez em quando, ou para Shunir descansar, ou mesmo pelo cascudo que o entrega depois de Shunir quase o acertar com uma tentativa falha do Ryu, Névoa Assimétrica.
Autor: P.A.K.G ou Nihon.
Copyright © 2021 by Pedro Augusto
As Crônicas de Seyipha Nirkishearo
1° Edição
Revisão:
Capa:
Diagramação:
Arte:
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Esta obra foi escrita e revisada de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Todos os direitos desta obra estão reservados.
É proibido o armazenamento ou reprodução de qualquer parte desta obra através de quaisquer meios sem o consentimento do autor.
Criado no Brasil.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n° 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
"Para todos aqueles que sempre amaram e continuarão amando a infindável imaginação humana" - P.A.K.G
Glória a Deus.
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Capítulo 1: A Queda do Império Youtenir.
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"Você não deve esperar minha sobrevivência" - Tadamichi Kuribayashi.
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Dia Fatídico:
05/17/2998
Com o raiar do Sol entrando pela janela do quarto, Shunir começa a acordar aos poucos, mesmo ainda cansado, se esforça para sentar-se na cama enquanto esfrega seus olhos em uma tentativa frustrante de espantar o sono que persistia. Antes mesmo de se levantar, sua mãe, uma mulher particularmente alta em comparação com as demais, com seus 1,70 de altura, longos e enrolados cabelos ruivos, olhos azuis tão claros quanto o azul do céu, uma pele branca e suave, com seu corpo curvilíneo que chamava a atenção por onde passava, mesmo já tendo 35 anos. Entra no quarto com um olhar bravo enquanto anda em sua direção.
- Por Tekiroyepi! Shunir! Você já deveria ter levantado a 20 minutos. Seu pai o está esperando para treinar no saguão de treino – disse Yeinar, ao mesmo tempo que se dirige ao guarda-roupa e pega o uniforme Xintori de nível Comum do seu filho, o limpando cuidadosamente e colocando ao lado de Shunir na cama.
- Já estou levantando mãe. O meu despertador não tocou – fala enquanto levanta pegando o uniforme e o vestindo lentamente. Shunir amava o uniforme Xintori de seu país, uma camisa social preta com detalhes roxos na manga e entre a patente nos ombros, detalhes que indicavam a sua classe Xintori, ainda contando com o desenho do vazio, símbolo da sua classe no braço esquerdo e a bandeira de Youtenir no direito, deixava a camisa com um ar sério, algo que se complementava com o sobretudo de couro preto que ia até os joelhos e possuía detalhes lindos, com a parte central, onde se abotoava, em tom dourado com botões brancos, também possuindo detalhes em roxo na manga e dois largos bolsos na altura do abdômen.
- Sei – disse Yeinar cruzando os braços e olhando com um rosto de descrença para seu filho.
- Ok... talvez eu tenha colocado mais 10 minutos, só... talvez – Foi a resposta de Shunir enquanto pega o pente em sua escrivaninha e olha em direção ao espelho na parede para tentar disfarçar sua culpa de alguma forma.
Yeinar ao ouvir a resposta de seu filho, solta um leve suspiro ao mesmo que seu rosto toma um ar levemente sério. – Você já tem 10 anos meu filho, tem que ficar mais adulto. Sei que você gostaria de brincar mais, mas você é um Xintori assim como eu, seu pai, nossa família e nosso clã, nós... não somos como as pessoas comuns Shunir, somos especiais.
Após Shunir acabar de pentear seu cabelo, recoloca o pente na escrivaninha e pega um de seus perfumes para começar a dar algumas borrifadas em seu corpo. – Eu sei mãe... somos o erro, é o que as pessoas dizem...
Yeinar da um leve sorriso enquanto caminha em direção de seu filho colocando uma de suas mãos em seu ombro direito e levando sua outra mão a gola do uniforme para o arrumar. – Não diga isso filho, nós que protegemos estas pessoas e o Império Youtenir. Nós não precisamos que todas elas gostem da gente, só precisamos que o Imperador e sua família se agradem de nossos serviços, o resto se ajeitara com o tempo – Diz dando um beijo no cabelo de Shunir logo antes de ir em direção da porta do quarto.
Após descer as escadas da ala de dormitórios de sua família, Shunir vai em direção a cozinha da fortaleza. De vez em quando esbarando nos outros Xintori que iam em direção oposta pelo corredor principal. Chegando na cozinha, pega rapidamente um pedaço de pão e em seguida uma faca, passando geleia de uva que estava em cima da mesa na fatia, a levando a boca para segurar e saindo em disparada novamente ao corredor. O fez tão rapidamente que o cozinheiro não teve nem tempo de o cumprimentar, somente vendo um movimento de tchau da pequena mão de Shunir antes de virar no corredor.
A Fortaleza Otunur era a segunda mais importante e imponente construção de Yenar, a capital do Império Youtenir. Somente perdendo para o Palácio Imperial, que ficava ao lado oposto da montanha. A fortaleza servia como moradia, quartel e escola para a família de Shunir e para outros Xintoris sem família ou clã do império.
Após correr por mais alguns bons minutos e passar pelas salas de aula, pelo salão principal e pelo grande e enfeitado pátio da fortaleza. Shunir entra no corredor leste do pátio, chegando finalmente no saguão de treino. Seu pai, sentado em uma das poucas cadeiras do local, olha para Shunir com um leve sorriso. – Finalmente chegou – disse Ronur enquanto solta uma leve gargalhada ao ver seu filho tentando recuperar o folego da corrida ao mesmo tempo que tenta engolir o último pedaço do pão que vinha comendo.
- De...desculpa... o atraso... dormi demais – Tenta falar ainda recuperando o folego e engolindo o pedaço de pão.
- Sem problemas meu filho, mas bem, pronto pro treinamento de hoje? – Diz Ronur enquanto se levanta e vai em direção ao centro do saguão, se posicionando ao lado de um alvo do seu mesmo tamanho. Ronur era um homem mediano, com 1,68 de altura, 33 anos, olhos e cabelos marrons e pele levemente morena, um físico normal, sem muitos músculos, algo que para Xintoris era comum, já que não dependiam de força física, e sim de sua Energia Interna.
- Com toda certeza pai! O que vamos praticar hoje? – Pergunta com certo ânimo Shunir, enquanto caminha para perto de Ronur.
- Calma lá, fique onde você está – diz Ronur, levantando sua mão direita como sinal para Shunir ficar no lugar. – Hoje vou te ensinar uma habilidade – Disse seu pai enquanto olha para o filho com um rosto alegre, já imaginando sua reação.
Por um segundo Shunir não responde, não crendo no que ouviu. – Sério?! Finalmente pai! – Disse Shunir dando um leve pulo no ar e um sorriso que ia de um lado ao outro de sua boca. – Qual o senhor vai me ensinar? O seu especial? Ou... ou aquele que a mamãe usou no senhor quando estava brava semana passada? – Continua Shunir, chegando mais perto de Ronur enquanto tenta lembrar as habilidades que já tinha visto seus pais usarem.
Ao chegar perto de seu pai, Shunir recebe um leve cascudo em sua cabeça – Em primeiro, sua mãe não estava brava naquele dia... foi só... um pequeno problema entre adultos. Segundo, não, vou te ensinar uma habilidade nível comum, que você consiga usar – Responde seu pai trazendo sua mão novamente para perto, após o cascudo em seu filho.
Coçando a cabeça, Shunir olha para seu pai. – Sei... – Disse com descrença, ao lembrar de sua mãe quase destruindo uma coluna do grande pátio da fortaleza semana passada após seu pai desviar de uma habilidade dela. Sua mãe as vezes era, meio explosiva.
Dando um leve suspiro, Ronur olha para seu filho – Vamos lá então, você sabe o que precisa para ativar uma habilidade, correto? – pergunta para Shunir com um tom de indagação.
- Sim, precisamos falar a palavra de ativação da nossa classe.
- Excelente, mas pode chamar de Kae, mais fácil – disse Ronur de forma explicativa. – Então vamos ver se consegue, tente recitar o seguinte Kae e o atirar em direção ao alvo – Fala Ronur apontando para o alvo. – Ryu, Névoa Assimétrica – Disse com um tom neutro enquanto olha para Shunir com atenção.
Shunir, após prestar atenção na fala de seu pai então se concentra. – Ryu, Névoa Assimétrica – Poucos milissegundos após pronunciar, aparece em sua frente uma matéria semelhante a um gás sem forma e escuro, do tamanho de uma bola de basquete, que vai em direção ao alvo o acertando e o jogando pouco mais de meio metro para trás.
Alguns segundos após o ocorrido, Shunir aos poucos tira o sorriso de alegria que estava em seu rosto, o transformando em uma expressão neutra de desanimo. – Só isso... – Disse ele olhando em direção a seu pai, que estava com um pequeno sorriso no rosto após ver seu filho invocando a sua primeira habilidade.
Tirando sua atenção do alvo e voltando seu olhar para Shunir, Ronur percebe o desanimo no rosto de seu filho. – Esperava uma explosão ou algo do tipo? – responde Ronur após dar uma pequena risada.
- Sim... esperava que você me ensinasse algo mais...
Antes de terminar a sua frase, seu pai o interrompe completando. – Forte? Não se preocupe filho, você ainda mal se tornou um Xintori nível Comum. Nesse nível, não há muitas habilidades de ataque, a maioria é mais para defesa ou, digamos truques, por assim dizer – Responde Ronur, dando uma pausa e tentando deixar a palavra truque o mais suave possível, para não desmerecer o filho. Ainda olhando para Shunir, percebe sua feição ainda neutra, então, se posiciona o mais apresentável possível, erguendo sua mão direita em direção ao alvo e dando uma leve inspiração.
- Ryu, Esmagamento Molécular – Disse calmamente Ronur, fazendo sair de sua mão erguida uma sombra negra sem forma, que ao entrar em contato com o alvo, o envolve completamente, fazendo logo em seguida ele ser lentamente esmagado e quebrado, até restar no chão somente poeira e pequenos pedaços do antigo alvo.
Por alguns instantes, Shunir ficou parado, olhando em direção do local onde estava o antigo alvo, boquiaberto e maravilhado, olhando logo em seguida para seu pai com um olhar de admiração. – Pai... isso... isso foi simplesmente incrível! Me ensina por favor a usar isso! Por favor, por favor – Fica repetindo Shunir para seu pai com um olhar de cachorrinho “pidão”.
- Não meu filho, mesmo que eu quisesse não conseguiria lhe ensinar, pois para isso você deve chegar no nível Raro igual eu. – Disse Ronur com um leve tom de grandiosidade por si mesmo ter deixado seu filho tão alegre com aquilo.
- Ahhh pai, isso não tem graça... – Retruca Shunir dando um leve suspiro e logo em seguida o perguntando com tom animado. – Como faço para chegar nesse nível então pai?
- Você meu garoto, ainda está um pouco longe, precisa conseguir transpassar seu Essok do nível Anormal, para então chegar no nível Raro – responde seu pai lhe apontando o dedo indicador da mão direita e logo em seguida massageando sua cabeça com a mesma mão de forma carinhosa. – Mas não desista, tenho certeza que um dia você chega no nível do papai e ainda me passa se eu não ficar esperto – Continua dizendo, dando um sorriso logo em seguida.
Shunir então abre um grande sorriso, após ouvir o incentivo do pai. – Eu vou sim pai! Um dia vou me tornar tão forte quanto o senhor e a mamãe – disse Shunir enquanto cruza seus pequenos braços tentando parecer forte.
Ronur então continua treinando Shunir durante a manhã, fazendo paradas de vez em quando, ou para Shunir descansar, ou mesmo pelo cascudo que o entrega depois de Shunir quase o acertar com uma tentativa falha do Ryu, Névoa Assimétrica.